Os Comitês Populares em todo o país realizam o Agosto das Juventudes, mês marcado pelo dia do estudante (11/08) e pelo dia da juventude (12/08). O objetivo é unir os comitês existentes em torno da pauta da juventude, defender as políticas públicas voltadas para jovens do Governo Lula e estimular a criação de novos Comitês com foco neste segmento.
Ao longo de todo o mês são esperadas batalhas de rap, cine-debate e outros formatos de atividades político-culturais impulsionadas pela e para a juventude com o intuito de aprofundar a reflexão das bandeiras centrais para os jovens e as jovens. Quando indagados “a juventude tem fome de quê?”, as lideranças da juventude são assertivas: oportunidade e direitos!
“A juventude tem fome de oportunidade!”, defende Lucas Piaia, da Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT). Ele define: “Oportunidade de viver, oportunidade de emprego, oportunidade de desenvolver seus projetos e viver os sonhos”.
Lucas aponta para o emprego e renda, mas sobretudo para uma segurança pública que não seja assassina. “Como impulsionada pelo Governo Federal no programa Juventude Negra Viva, numa série de planos e projetos de orientação e acolhimento, capacitação e formação profissional, que fortalece o emprego e renda”, lembra Piaia.
De acordo com Lucas, a juventude tem também sede de cultura e educação. “Precisamos de fomento para projetos culturais, estruturação de espaços de vivência com infraestrutura adequada para desenvolvermos essa vivacidade da juventude, além do fortalecimento da educação”, declara.
Para o dirigente, a preocupação com a crise socioambiental também é latente, pois a juventude sente muito isso numa questão de stress, preocupação com o futuro, influindo na saúde mental do e da jovem, com a falta de perspectiva e uma “ansiedade climática”.
Para Ezequiela Scapini, do Levante Popular da Juventude, a juventude tem fome de mais direitos. “Pensamos a dimensão da oportunidade, que é uma dimensão muito importante, mas também na chave da proteção”, aponta Ezequiela.
Segundo Scapini, uma das grandes conquistas da juventude foi o Estatuto da Juventude, e que só nos governos Lula e Dilma a juventude foi vista como sujeito de direitos. “Mas os dados ainda são alarmantes, olhando para a evasão escolar, desemprego, saúde, especialmente saúde mental”, alerta. “A juventude tem necessidade que esses direitos se efetivem, sem nenhum tipo de retrocesso e que sejam direitos de proteção à juventude”, conclui Ezequiela.
Ao longo do mês, os Comitês Populares são estimulados a levarem suas banquinhas para dialogar com estudantes, na porta das escolas e universidades, sobre as ações do governo federal para as juventudes, a fortalecer a criação de novos Comitês Populares e apoiar candidaturas a prefeitos(as) que defendam a criação de espaço institucional para a juventude, como a criação do Conselho Municipal de Juventude e coordenadoria ou secretaria especial.