Agosto das Juventudes: Juventude Sem Terra realiza Jornada Nacional de Muralismo pela Palestina
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Atualmente, já são mais de 40 mil palestinos assassinados, dos quais 70% são mulheres e crianças. Diante do genocídio realizado por Israel em Gaza, somado à uma limpeza étnica avançada na região da Cisjordânia, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) construiu a chamada para a “Jornada Nacional de Muralismo Palestina Livre”.
A ideia é que, a partir destes murais, o genocídio na Palestina não seja esquecido, e a arte possa relembrar e homenagear a resistência contra a opressão sionista e a identidade cultural palestina. Ao tornar tornar a questão visível e acessível, os muralistas buscam mobilizar a população e fortalecer a consciência coletiva sobre o que ocorre hoje.
Confira algumas imagens da Jornada de Muralismo pelo país:
Militante da Juventude Sem Terra, Igão de Nadai integra a coordenação da Jornada e explica que a iniciativa começou a partir da inquietação em relação à questão da Palestina, especialmente como uma denúncia do Estado de Israel e como um ato de solidariedade com o povo palestino e sua resistência. “É importante destacar nossa solidariedade com a resistência que ocorre lá”.
Segundo Igão, existe um movimento internacional de grafite, especialmente entre muralistas, que é muito forte em outros países, principalmente na Europa, e ele acrescentou que esse movimento é marcado por muitas denúncias contra o Estado de Israel e os acordos comerciais entre os países.
“No Brasil, esse tipo de iniciativa estava acontecendo de forma muito lenta, quase não se via esse tipo de manifestação. Então, decidimos tomar uma iniciativa local e, inicialmente, era algo pequeno, que eu e um companheiro do Rio Grande do Sul planejávamos fazer. No entanto, decidimos apostar em uma convocação nacional, chamando os artistas para se envolverem”.
Alguns artistas que não fazem parte do MST também atenderam ao chamado, especialmente em São Paulo, onde mais de 14 artistas já estão envolvidos nas atividades, com destaque às mulheres que também estão participando desse trabalho na capital. As artes na capital foram desenvolvidas na região da Avenida Paulista/Consolação, Elevado Costa e Silva/Minhocão, CDC Vento Leste, na Patriarca e no bairro do Tatuapé.
“Um dos destaques é um trabalho realizado no coração de São Paulo, na empena de um prédio — aqueles murais gigantes que existem na cidade. Está sendo feita uma ocupação urbana lá, inclusive com o auxílio de um palestino. Esse processo é bastante demorado, mas será um dos grandes destaques da nossa jornada, já que a cidade é tanto um centro do sionismo, quanto um local com uma grande presença de palestinos. Esse mural estará em um espaço de muita visibilidade, aparentemente perto da Avenida Paulista”.
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