Nenhum minuto de silêncio contra as violências policial e política de gênero
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Dois episódios de truculência da extrema-direita entre ontem e hoje acendem o alerta para a resistência democrática. Um deles com traço de violência de gênero na política ocorreu na Câmara Federal na última quarta-feira e outro episódio, de violência policial e política em meio a um despejo, ocorreu em São Paulo nesta quinta-feira.
Em meio à memória dos seis anos do assassinato de Marielle e Anderson, três deputados bolsonaristas atacaram a democracia e preferiram ofensas à deputada Talíria Petrone e ao deputado Pastor Henrique Vieira durante reunião da Comissão de Direitos Humanos, chamando-o de “pastor do diabo” e bravejando que “Marielle acabou”.
“Tentaram desonrar o nome de Marielle, Isso é um desrespeito, uma violência. Não aceitaremos ameaça, intimidação, constrangimentos e a banalização da vida de Marielle Franco”, declarou a deputada. Os deputados em questão, Eder Mauro, Gilvan e Pastor Marcos Feliciano, têm históricos violentos: um é acusado de violência política de gênero e outro, réu por tortura.
Violência em meio à tentativa de despejo
Na manhã desta quinta-feira, 14/03, as famílias que vivem no Jardim das Oliveiras II, em Guarulhos, sofreram uma ameaça de despejo violento por parte da polícia e Prefeitura. No enfrentamento, a Secretária de Mulheres do PT, Fernanda Curti, foi presa e levada ao 9º Distrito, em conduta repressiva da Polícia Militar. Os moradores chegaram a ser atacados com bombas de efeito moral, mas a reintegração foi impedida pela luta popular.
Por volta das 16h30 da tarde a militante foi liberada e emitiu uma declaração por meio de suas redes sociais: “Estou saindo agora do 9° DP de Guarulhos depois de uma manhã marcada pela violência policial e o abuso de poder contra as famílias dos Jd. das Oliveiras, em Guarulhos”. Confira: