Cozinhas populares e mutirões para acesso a direitos podem contribuir para tirar novamente o Brasil do Mapa da Fome
Estudo do Instituto Fome Zero (IFZ) mostra que 13 milhões de pessoas deixaram de passar fome no Brasil e 20 milhões de pessoas deixaram de sofrer de insegurança alimentar moderada após o primeiro ano do Governo Lula. Ou seja: uma redução de 30% da insegurança alimentar total (grave + moderada) no país. Em 2022, 33 milhões de brasileiros sofriam de insegurança alimentar grave, conforme dados da Rede PENSSAN.
A luta contra a fome é uma das prioridades zero de mobilização dos Comitês Populares. Desde 2018, houve um aumento na insegurança alimentar e nutricional no Brasil, revertendo uma tendência decrescente anterior. A crise desencadeada pelo governo Bolsonaro e pela pandemia intensificou esse cenário, aumentando a necessidade de políticas públicas eficazes para lidar com essa realidade.
Diversas iniciativas de base popular também foram tomadas para dar a contribuição do povo para este problema crucial: como as redes de distribuição de alimentos, a exemplo da Mãos Solidárias; as Cozinhas Solidárias; as doações de toneladas de alimentos dos movimentos do campo; bancos comunitários de alimentos, entre outras.
Fortalecer as Cozinhas Solidárias como Comitês Populares
“A luta pelo combate à fome não é a luta de um governo, ela é uma luta de um povo”, aponta Bruna Raquel, do Comitê Cozinha Popular do PICI, em Fortaleza-CE. As Cozinhas Solidárias surgem de experiências territorializadas de movimentos sociais urbanos e rurais organizados. Geridas pelas próprias comunidades, as Cozinhas são espaços de identificação territorial e de organização popular.
Com a regulamentação das Cozinhas Solidárias pelo Governo Lula, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) iniciou o cadastramento dos equipamentos que oferecem alimentos às pessoas em situação de vulnerabilidade.
O Governo Federal passou a reconhecer estes equipamentos como uma tecnologia social crucial no combate à insegurança alimentar e nutricional e até o momento, foram mapeadas mais de 2,77 mil cozinhas solidárias pelo país. Os Comitês Populares têm papel estratégico nesta mobilização nacional.