Encontro virtual debateu estratégias de comunicação, formação, combate a desinformação e novas formas de militância.

Na última terça-feira (28), os Comitês Populares realizaram uma reunião nacional com cerca de 90 participantes para debater estratégias de mobilização e organização. O encontro marcou a primeira de uma série de conversas voltadas ao fortalecimento da Rede Nacional de Comitês. Entre os temas abordados, destacam-se a necessidade de ampliar a formação política, fortalecer a comunicação e atualizar as formas de militância para alcançar um público mais amplo.

Debates centrais: mobilização, comunicação e formação

A importância dos Comitês na organização social, no combate à desinformação e na pressão política para garantir o cumprimento do programa de governo foi ressaltada durante o debate. Além disso, a necessidade de investir na formação de militantes e fortalecer a atuação dos Comitês em âmbito nacional, especialmente por meio da Rede de Educadores do PT, surgiu como uma das estratégias para as mobilizações deste ano.

Durante o encontro, Ana Flávia Marx, diretora do Instituto Lula, pontuou a importância de modernizar a estrutura dos Comitês, adaptando-se à nova realidade social e política. Ana falou ainda sobre os Comitês serem espaços amplos e inclusivos, sem necessidade de aprovação formal para sua criação. Entre os desafios apontados, está a necessidade de reformular o discurso político para torná-lo mais acessível e próximo das preocupações da população, como a inflação e o custo de vida. Destacou-se também a urgência de fortalecer a comunicação para enfrentar a disseminação de fake news e mobilizar a sociedade em defesa da democracia.

Próximos passos

Como encaminhamento, foram apresentados um conjunto de ações estratégicas para fortalecer a mobilização e a atuação dos Comitês Populares. Entre as medidas propostas, está a atualização dos registros e a reativação de Comitês inativos, além do incentivo à criação de novos núcleos, ampliando a presença da rede em diferentes territórios.

A comunicação também foi apontada como um eixo fundamental para a consolidação dos Comitês. Nesse sentido, foi proposta a criação de uma estrutura integrada que fortaleça a troca de informações e potencialize a atuação nas redes sociais, disseminando o alcance das mensagens e fortalecendo o combate à desinformação. A possibilidade de elaboração de um manifesto e o desenvolvimento de uma nova cartilha que aborde a pobreza e a miséria, momentos de formação sobre desigualdade e distribuição de renda também serão promovidos, visando desassociar essas discussões da perspectiva assistencialista.

Temas e ações práticas, incluindo a ampliação do diálogo, realização de mobilizações de rua, panfletagens e o incentivo à presença em espaços estratégicos, como sindicatos, igrejas e associações comunitárias, foram pontuados buscando ampliar o alcance e engajamento.

Por fim, foi ressaltada a importância de revisar o discurso e inovar nos métodos de militância. Para isso, a adoção de uma linguagem mais acessível e próxima da realidade popular, garantindo que a comunicação dos Comitês dialogue diretamente com as preocupações cotidianas da população, torna-se essencial.

A reunião foi encerrada com um chamado à participação ativa de todos os envolvidos, reforçando a importância da Rede Nacional de Comitês Populares na organização social e na construção de uma mobilização sólida em todo o país.

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