Há seis anos o povo brasileiro, especialmente as mulheres, esperam a solução de um dos casos mais emblemáticos de violência política de gênero de nosso país: o assassinato brutal à queima roupa de Marielle Franco, vereadora do PSOL carioca, e Anderson Gomes, seu motorista. 

Numa importante vitória da luta das mulheres em todo esse tempo cobrando a elucidação do caso, foram presos no domingo, 24/03, no RJ os suspeitos de mandar matar Marielle e Anderson: os irmãos Chiquinho Brazão, deputado federal pelo União Brasil, e Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ, além de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do RJ.

Ao conceder entrevista coletiva sobre a prisão dos mandantes do crime, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski foi enfático: “Este momento é extremamente significativo, é uma vitória do Estado brasileiro, das nossas forças de segurança do país com relação ao combate ao crime organizado”, disse. Em pleno mês da luta das mulheres, é também uma vitória do Governo Lula, que priorizou esta agenda já como promessa de campanha. 

Atualidade e fortalecimento da luta feminista

Em tempos de pagamentos milionários de fiança no caso do estuprador Daniel Alves e das permanentes cifras de violência contra mulher, esta vitória é um impulso à resistência feminista e projeta novos ares para a luta de gênero. 

Uma demanda permanente segue sendo o fortalecimento da participação das mulheres na política e a criação Comitês Populares que ajudam nesta organização de base feminista. As Cozinhas Populares têm se mostrado como um forte elemento de organização das mulheres, que estão sempre no front da luta pela produção e distribuição de alimento saudável.