Uma série de mobilizações, debates e atividades culturais marcaram a Semana do meio Ambiente dos Comitês Populares em diversas regiões. Os Comitês levantaram a urgência da discussão climática num trabalho de base que também serviu para denunciar o Pacote da Destruição, em tramitação através de projetos de lei e emendas à Constituição no Congresso, meso após a catástrofe socioambiental no Sul do país.

Confira o Giro dos Comitês:

No sábado (08/06), foi realizada a 1ª Caminhada Ecológica no bairro Santa Cruz, em Volta Redonda, organizada pela Comunidade Santa Cruz, Cooperativa Cidade do Aço, Comitê de Lutas do Sul Fluminense e Fórum dos Movimentos populares VR. Todos presentes nessa caminhada foram protagonistas na defesa do Meio Ambiente.

As Crianças e Adolescentes da Comunidade Eclesial Santa Cruz recolheram resíduos sólidos durante a caminhada no canteiro central da Avenida ex-Combatentes. e os materiais recicláveis coletados foram doados para a Cooperativa de Catadores Cidade do Aço. Durante a caminhada foi feita a Memória da Luta contra a implantação do Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos (CTR) próximo do bairro Santa Cruz, importância da coleta de materiais recicláveis e da existência das Cooperativas de Catadores Cidade do Aço e Folha Verde no bairro Voldac, Projeto Pedreira da Voldac e o encerramento foi feito na entrada do Parque Natural Municipal Fazenda Santa Cecília do Ingá, que se encontra abandonado pelo Poder Executivo Municipal e já se tornou pauta do Comitê.

Também no sábado, o Comitê Popular Galpão Cultural Elza Soares, em São Paulo, promoveu um encontro especial em comemoração à Semana do Meio Ambiente, o Samba pela NaturezaO um dia repleto de atividades que celebram o cuidado com os bens comuns da natureza e o fortalecimento dos povos. o evento recebeu a turma da Familia Tamarineira da Saracura, grupo existente desde 95, que colocou a turma pra sambar, celebrando a natureza e a cultura de resistência.

O Núcleo do PT Ouro Verde promoveu nesta segunda-feira (10/06) a plenária com o Tema Meio Ambiente, com participação do professor José Antônio (Codema). Entre os temas abordados, a agressão da especulação imobiliária e também o tema das Minas e Unidades de Conservação do Distrito Campo Grande.

“Seguindo o calendário dos Comitês Populares, aproveitamos a passagem da Semana do Meio Ambiente. e entendemos a necessidade de fazer esse debate. Enfrentando a especulação imobiliária, que tem destruído o meio ambiente, fizemos um debate focando na Câmara Municipal, onde se vive a iminência da aprovação da Lei que permite a construção de imóveis em áreas de proteção ambiental”, comenta Zé Abreu. Ele continua: “organizamos esse debate com o professor Zé Antônio pra apresentar em dados a reflexão da importância do Meio Ambiente, seja pelo controle de temperaturas, pela preservação da biodiversidade seja porque o Meio Ambiente é um bem comum e deve ser protegido.

Também em Campinas, na última quarta-feira, (05/06) foi celebrado o dia do Meio Ambiente plantando o jardim da Cozinha Solidária São Marcos, que recentemente foi reformada. A Cozinha Solidária, que é um Comitê Popular, está celebrando 3 anos funcionando no espaço da Paróquia de São Marcos, o Evangelista, no bairro periférico de Jardim São Marcos.

Utilizando dispersão aérea com o helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Paraná, o Movimento Sem Terra (MST) semeou milhares de sementes de juçara e pinhão, duas espécies em risco de extinção pela ganância do agronegócio e do sistema capitalista destrutivo. Estas árvores serão parte do reflorestamento da Mata Atlântica, produzindo mais alimentos para os animais e seres humanos, com geração de renda para famílias camponesas.

Nas áreas de reserva legal do Assentamento Celso Furtado e de comunidades próximas, foram semeados 4.000 quilos de sementes de palmeira juçara, considerada “o açaí da Mata Atlântica” e está ameaçada de extinção.

E ainda tem muita atividade pelo mês inteiro em defesa do Meio Ambiente. No dia 19/06/2024, às 19h30, a JPT-SP fará sua primeira audiência pública com o tema “Retomada das Políticas Públicas e a Problemática da Militarização do Meio Ambiente” O evento será na ALESP, no plenário José Bonifácio, com apoio da ALESP, Bancada do PT da ALESP e o Comitês Populares de Lutas. As incrições podem ser feitas via link (clique aqui!).

Nos dias 13 e 14 de junho, a Secretaria de Meio Ambiente da CUT-SP e o Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo) realizam o 2º Seminário Sindicalismo e Meio Ambiente: Políticas Públicas Municipais e Transição Justa. A atividade será realizada, das 9h às 18h, na sede do sindicato, na Rua da Quitanda, 101, no 2° andar, no centro da capital paulista. Saiba como participar (clique aqui).